Os preços dos alimentos consumidos em casa registraram queda pelo sexto mês consecutivo em novembro, segundo dados do IBGE. O grupo de alimentação no domicílio recuou 0,20%, contribuindo diretamente para a desaceleração da inflação oficial do país.
O IPCA, índice que mede a inflação no Brasil, ficou em 0,18% em novembro, o menor resultado para o mês desde 2018. Com isso, o índice segue dentro da meta prevista pelo governo e reforça o cenário de alívio no custo de vida da população.
A sequência de quedas nos preços dos alimentos começou em junho:
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Junho: -0,43%
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Julho: -0,69%
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Agosto: -0,83%
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Setembro: -0,41%
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Outubro: -0,16%
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Novembro: -0,20%
Entre os itens que mais puxaram a deflação estão tomate, leite longa vida e arroz, todos com quedas expressivas nos últimos levantamentos. A oferta mais estável de produtos agrícolas e o recuo nos custos de produção ajudaram a manter os preços em baixa.
Com essa tendência, a inflação da alimentação no domicílio acumula 1,29% no ano e 2,48% em 12 meses — números significativamente menores que os registrados no final do ano passado, quando o índice ultrapassou 8%.
Apesar do respiro proporcionado pelos alimentos, outros setores ainda pressionam a inflação, como energia elétrica e serviços. Mesmo assim, especialistas destacam que o comportamento do setor alimentício foi decisivo para garantir um resultado geral mais favorável no mês.
A expectativa agora é que, mantidas as condições climáticas e de abastecimento, os preços continuem estáveis nos próximos meses, preservando parte desse alívio no orçamento das famílias brasileiras.