Quem planeja viajar de avião no Réveillon pode enfrentar transtornos. A possibilidade de greve de pilotos e comissários de voo coloca em risco a malha aérea justamente no período de maior movimento nos aeroportos do país, quando milhões de passageiros se deslocam para as festas de fim de ano.

A categoria, representada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas, entrou em estado de greve após o fracasso nas negociações com as empresas aéreas. A decisão final sobre a paralisação deve ser tomada em assembleia nos últimos dias de dezembro. Caso a greve seja aprovada, voos podem sofrer atrasos, cancelamentos e alterações de última hora.

O impasse envolve a Convenção Coletiva de Trabalho. Os aeronautas rejeitaram a proposta apresentada pelas empresas, alegando que o reajuste salarial oferecido não repõe as perdas inflacionárias e não contempla melhorias nas condições de trabalho. Entre as principais reivindicações estão aumento real nos salários, revisão do pagamento pelo tempo em solo e melhores diárias.

A ameaça de paralisação preocupa autoridades e operadores aeroportuários. Aeroportos como Guarulhos, em São Paulo, e Galeão, no Rio de Janeiro, esperam um dos maiores fluxos do ano entre o Natal e o Ano-Novo. Qualquer interrupção pode gerar efeito cascata, com congestionamento nos terminais e impacto direto no turismo.

A Agência Nacional de Aviação Civil informou que acompanha a situação e reforça que, em caso de atrasos ou cancelamentos, os passageiros têm direitos garantidos, como assistência material, reacomodação em outros voos ou reembolso, conforme a situação e a responsabilidade da companhia aérea.

Enquanto não há definição, a recomendação é que passageiros com viagem marcada acompanhem comunicados das companhias, monitorem seus voos com antecedência e estejam preparados para possíveis mudanças. A expectativa é que novas rodadas de negociação ocorram para evitar prejuízos aos viajantes no Réveillon.