A partir desta terça-feira (9), o Supremo Tribunal Federal inicia a segunda e mais aguardada semana do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete acusados de articularem uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Serão sessões intensas até sexta-feira (12), nos períodos da manhã e da tarde, em um dos julgamentos mais importantes da história recente do país.
O primeiro voto será do relator, ministro Alexandre de Moraes, que deve analisar pedidos de nulidade, questionamentos sobre a competência do Supremo e, na sequência, decidir se os réus serão condenados ou absolvidos. Moraes também indicará o tempo de pena em caso de condenação.
Depois dele, votam os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Basta uma maioria simples — três dos cinco votos — para definir o destino dos acusados. A sexta-feira deverá ser dedicada à dosimetria das penas, fechando a primeira etapa desse julgamento histórico.
Enquanto isso, Brasília se blinda. A Praça dos Três Poderes terá segurança reforçada com barreiras policiais, patrulhamento ostensivo e até cães farejadores para evitar qualquer ameaça de tumulto.
O que está em jogo vai além das condenações individuais: o desfecho desse processo pode redefinir não apenas o futuro político de Bolsonaro, mas também os rumos da democracia brasileira.