Ourinhos (SP) vive dias de clima extremo, com a umidade relativa do ar chegando a apenas 11%, índice considerado crítico pela Organização Mundial da Saúde e comparável ao registrado em regiões desérticas, como o Saara. O cenário é resultado da combinação de calor intenso, estiagem prolongada e bloqueios atmosféricos que impedem a chegada de frentes frias e chuvas à região.
De acordo com especialistas, quando a umidade cai abaixo de 30%, já há risco para a saúde. Com índices tão baixos, problemas como irritações nas vias respiratórias, agravamento de doenças como asma e bronquite, ressecamento da pele e dos olhos, além de sangramentos nasais, tornam-se mais frequentes. A baixa umidade também aumenta a probabilidade de incêndios em áreas de vegetação seca, exigindo atenção redobrada da população e das autoridades.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta para Ourinhos e outras cidades da região, indicando que a condição deve persistir nos próximos dias. A orientação é reforçar a hidratação, evitar atividades físicas ao ar livre nos horários mais quentes — entre 10h e 15h —, usar soro fisiológico para as narinas, lubrificantes oculares e manter os ambientes internos umidificados com vaporizadores, toalhas molhadas ou recipientes com água.
As autoridades reforçam que, em períodos como este, a prevenção é essencial para proteger a saúde e reduzir os impactos do clima seco na qualidade de vida da população.