A equipe da Melhor FM foi procurada por ouvintes indignados com a situação da saúde pública em Ourinhos. Um deles, Leandro, morador da cidade há 45 anos, relatou que há mais de um mês tenta conseguir, sem sucesso, medicamentos de alto custo fornecidos pela Secretaria de Saúde. Segundo ele, o tratamento para o fígado exige remédios que somam quase R$ 2.400 — entre eles um de R$ 1.300, outro de R$ 400, o Ursacol de R$ 230 e o Coestran, de R$ 460. “Tive que fazer uma vaquinha com amigos pra continuar o tratamento. Enquanto isso, minha esposa vai precisar entrar na fila do transplante”, desabafou.
Leandro também criticou a ausência de um hepatologista na rede municipal. “Tive que ir até Assis e pagar R$ 800 numa consulta particular. É uma vergonha Ourinhos, sendo maior que Assis, não ter esse atendimento pelo SUS”, disse.
A insatisfação não para por aí. Recebemos ainda denuncia de contratações recentes feitas em um setor responsável por agendar ambulâncias. Antes, quatro concursados davam conta do serviço. Agora colocaram mais cinco terceirizados. Precisa disso? Não tem dinheiro pra remédio, mas tem pra contratar gente? Parece cabide de emprego, criticou.
Outro morador, Cassiano, da Vila Perino, afirmou estar arrependido de ter apoiado o prefeito nas eleições. “Levei ele nos sítios pra pedir voto, e agora tô descontente. Todo mundo me cobra”, contou.
Nossa reportagem tentou contato com o secretário municipal de Saúde e sua assessoria, mas até o momento não obteve retorno.
