"Novo ano, novo susto: o imposto sobe, mas o retorno continua em silêncio."
A partir de 1º de janeiro de 2026, os moradores de Ourinhos vão sentir no bolso o impacto de mais um reajuste: o valor da Unidade Fiscal do Município (UFM) sobe para R$ 143,67, um aumento de 5,10% em relação ao valor atual. E não para por aí — o mesmo índice será aplicado sobre o valor do metro quadrado dos terrenos, o que deve elevar ainda mais o IPTU cobrado dos proprietários de imóveis.
O reajuste foi determinado por Decreto Municipal, publicado no Diário Oficial no dia 24 de outubro, e segue o que determina o Código Tributário da cidade, pela Lei Complementar nº 981/2017.
Mas o aumento vem em um momento delicado: muitos moradores já reclamam do peso dos tributos e da falta de retorno em serviços públicos. A insatisfação cresce diante de reajustes sucessivos em contas de energia, água e transporte, que já apertam o orçamento das famílias.
A expectativa é de que o novo valor gere mais uma rodada de críticas e cobranças por parte da população, que vê o imposto subir, mas não vê melhorias nas ruas, nos postos de saúde ou na segurança.
Opinião:
O IPTU sobe, o discurso é técnico, mas a realidade é política: o contribuinte paga mais e recebe menos. Em Ourinhos, o imposto virou escada — sempre sobe, mas nunca leva a lugar nenhum. E enquanto o decreto é publicado com pompa, o buraco na rua continua aberto, o posto de saúde sem médico e o transporte público com atraso. Se imposto é investimento, cadê o retorno? Porque cobrar é fácil — difícil é entregar.