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Atrasos salariais expõem crise na saúde pública de Ourinhos e revoltam médicos
Por RÁDIO MELHOR FM
Publicado em 29/12/2025 08:16
Ourinhos

A situação dos médicos que atuam na rede municipal de saúde de Ourinhos se tornou crítica. Atrasos recorrentes nos pagamentos pelos serviços prestados têm gerado insatisfação, manifestações públicas e exposto uma crise que já afeta diretamente o sistema de saúde do município.

Diante da falta de respostas oficiais, profissionais passaram a se manifestar nas redes sociais. Em um dos desabafos, um médico criticou duramente a postura da administração. “Vergonha esse desgoverno que não tem humildade nem de vir a público dar uma justificativa ou uma previsão. Continua fazendo propaganda como se estivesse tudo mil maravilhas”, escreveu.

Segundo informações apuradas, os atrasos começaram em outubro, quando apenas 50% do valor devido foi pago. Desde então, seguem pendentes o restante daquele mês, além dos pagamentos integrais de novembro e dezembro. A situação tem provocado dificuldades financeiras e aumentado o desgaste entre os profissionais e a gestão municipal.

A Associação Beneficente de Desenvolvimento Social e Cultural (ABEDESC), responsável pela gestão da saúde municipal e pela contratação dos médicos, informou que aguarda os repasses prometidos pela Prefeitura para regularizar os pagamentos.

A reportagem tentou contato com o secretário municipal de Saúde, Diego Singolani, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. Informações levantadas indicam que o caso está sendo tratado pela Secretaria de Finanças, que também aguarda a entrada de recursos para efetuar os pagamentos.

Inicialmente, os profissionais receberam a promessa de pagamento para os dias 19 e 23 de dezembro, o que não se concretizou. Agora, uma nova previsão aponta que os valores de novembro possam ser quitados apenas no início de 2026, enquanto o pagamento de dezembro estaria previsto para 20 de janeiro.

 

A sequência de atrasos e promessas não cumpridas tem provocado descrédito e indignação, colocando Ourinhos diante de uma das crises mais sérias da saúde pública nos últimos anos, com impactos diretos para médicos e usuários do sistema.

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