A curiosidade pública sobre um possível servidor “marajá” em Ourinhos ganhou contornos mais sérios. Um pedido formal de informações, protocolado por um munícipe, e documentos consultados por esta redação indicam que há ao menos um servidor com remunerações compatíveis ou superiores às recebidas por secretários municipais — um fato que exige transparência imediata.
Fontes internas e comprovantes em posse da reportagem apontam para pagamentos e benefícios cujo detalhamento ainda não foi esclarecido. Há, também, indícios de que uma pessoa próxima ao servidor — apontada em denúncias — receberia valores de empresas terceirizadas que prestam serviços ao município. Até o momento, porém, não há confirmação oficial de irregularidade; o que há são indícios que pedem apuração.
A redação preserva as identidades das fontes e não expõe nomes enquanto não confirmar documentalmente eventuais irregularidades. Ainda assim, é público que dispomos de elementos que justificam questionamentos: demonstrativos de pagamento, protocolos e relatos consistentes. Por isso, exigimos respostas claras da Prefeitura. Quem autorizou as contratações? Houve análise de conflito de interesses? As remunerações seguem legislação e teto legal?
Solicitamos formalmente à Administração Municipal e ao setor responsável pelos contratos e folha de pagamento que enviem esclarecimentos e documentos que expliquem as diferenças salariais apontadas. Também encaminharemos pedido de acesso aos registros previstos em lei, para que a população saiba a verdade.
Ourinhos merece transparência. Enquanto isso, esta redação continuará investigando e cruzando documentos — e, sendo necessário, levará o caso às instâncias competentes para que a apuração ocorra com rigor.