O tradicional desfile cívico de 7 de Setembro em Ourinhos surpreendeu este ano ao terminar antes das 9h30 da manhã, bem mais cedo do que em edições anteriores, quando as apresentações se estendiam até o fim da manhã. O motivo foi a baixa adesão de alunos das escolas municipais e estaduais, que formam a maior parte das alas do evento.
Em algumas instituições, que contam com cerca de 800 estudantes, pouco menos da metade compareceu para desfilar. Um contraste com anos anteriores, quando a participação maciça de crianças e jovens dava o tom do evento.
Entre as possíveis razões para o cenário estão o fato de a data ter caído em um domingo — o que fez muitas famílias priorizarem descanso e compromissos particulares — e também dificuldades logísticas enfrentadas por professores e gestores para organizar transporte e acompanhamento em um dia não letivo.
Mas há quem aponte outros fatores: a falta de incentivo da Prefeitura em oferecer transporte público adequado pode ter desestimulado a presença de alunos de bairros mais afastados. Além disso, especialistas destacam uma mudança cultural nas novas gerações de pais, que já não incentivam tanto a participação dos filhos em eventos cívicos como no passado.
Apesar da redução no número de alas, o desfile manteve sua essência, com bandas marciais, autoridades e entidades locais. Porém, foi notoriamente mais curto e enxuto, deixando no ar um debate: como garantir que a tradição do 7 de Setembro em Ourinhos continue viva nos próximos anos?