Luiz Gustavo Ferreira, de 18 anos, suspeito de assassinar o mototaxista Admilson Faustino, de 37, se apresentou espontaneamente à Polícia Civil nesta semana, em Santo Antônio da Platina (PR). O crime ocorreu na tarde de sexta-feira (1º), na zona rural do município. A vítima foi encontrada morta com marcas de tiros na estrada da Água Branca.
Durante o interrogatório, o jovem alegou que a motivação foi pessoal: segundo ele, Admilson teria assediado sua namorada durante uma corrida de mototáxi. “Fui ameaçado duas vezes por ele”, disse Luiz Gustavo, afirmando que o desentendimento evoluiu para confrontos e ameaças.
Na versão apresentada à polícia, o suspeito contou que, no dia do crime, foi até uma venda na área rural, onde consumiu bebidas alcoólicas, e chamou um mototáxi. Por coincidência, quem atendeu ao chamado foi justamente Admilson. No trajeto, a discussão entre os dois teria recomeçado. Luiz Gustavo afirmou que o mototaxista parou a moto e sugeriu "resolver como homem". Nesse momento, o jovem sacou um revólver calibre .38, atirou e fugiu pelo mato, jogando a arma no Rio das Cinzas.
A Polícia Civil, no entanto, trata o depoimento com cautela. Segundo o delegado Rafael Guimarães, há inconsistências no relato, e o inquérito ainda está em andamento. A arma do crime não foi localizada, e a perícia técnica deve esclarecer pontos cruciais do caso.
Enquanto a investigação avança, o jovem permanece sob os cuidados da Justiça. A Polícia reforça que o crime pode não ter sido em legítima defesa, como alega o suspeito.