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Morte de menino picado por escorpião gera comoção e investigação no Paraná
Por RÁDIO MELHOR FM
Publicado em 16/07/2025 15:50
Região

A morte do pequeno Bernardo Gomes de Oliveira, de apenas 3 anos, após ser picado por um escorpião-amarelo, abalou profundamente a cidade de Cambará, no norte do Paraná. O caso aconteceu no último domingo (13), e reacendeu discussões sobre a estrutura do sistema de saúde e o combate a animais peçonhentos na região.

Bernardo foi picado pela manhã enquanto calçava o tênis para sair com a família. O escorpião estava escondido no calçado. Segundo o pai, o menino gritou de dor logo após calçar o tênis, sendo levado às pressas para o Hospital Municipal de Cambará. No entanto, não havia antídoto disponível na unidade.

Com o quadro clínico se agravando, a criança foi transferida para a Santa Casa de Jacarezinho. O pedido de transferência, no entanto, só foi liberado às 10h17, mais de uma hora após a entrada no hospital. Durante esse tempo, o menino vomitou e perdeu a consciência. Em Jacarezinho, familiares relataram que também não havia soro antiescorpiônico disponível, e o menino teve ao menos 33 paradas cardíacas antes de falecer no Hospital Universitário de Londrina, onde a morte foi confirmada.

A tragédia gerou forte repercussão em todo o estado e provocou uma onda de comoção nas redes sociais. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que determinou a abertura de uma investigação para apurar a demora no atendimento e a possível negligência quanto à ausência de soro nas unidades.

O secretário de Saúde de Cambará, Ronaldo Guardiano, afirmou que a ambulância utilizada atendeu imediatamente ao chamado, mas reconheceu falhas no protocolo. Ele justificou que a orientação da 19ª Regional era de manter os soros em hospitais de referência, e não em unidades locais.

Moradores e autoridades locais agora pedem mais estrutura no atendimento e reforço na distribuição de antídotos. Especialistas também destacam a importância da prevenção, como o uso de telas em ralos e calçados fechados, além do controle da infestação de escorpiões.

 

A morte de Bernardo deixa a comunidade de luto e reforça a urgência por um sistema de saúde mais preparado para emergências como essa.

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