O mês de julho, marcado pela celebração do Dia dos Hospitais (2/7), tem gerado importantes reflexões sobre os desafios enfrentados pela saúde pública no Brasil. Em meio a um cenário de escassez de recursos e crescente demanda, as Organizações Sociais de Saúde (OSS) vêm se consolidando como uma alternativa eficiente para garantir qualidade no atendimento da rede pública.
Um exemplo notável desse modelo é a Santa Casa de Misericórdia de Chavantes, que em 2023 completou mais de 100 anos de história e passou a ser reconhecida como Grupo Chavantes. Atualmente, o grupo administra 36 unidades de saúde em seis estados brasileiros, incluindo hospitais, UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), unidades básicas de saúde e serviços voltados à saúde mental.
Na região de Ourinhos, o Grupo Chavantes é responsável pela gestão da própria Santa Casa de Chavantes, SAMU de Ourinhos, SAMU de Marília e também pelas Residências Terapêuticas.
A presidente do grupo e especialista no terceiro setor, Dra. Leticia Bellotto Turim, destaca que a atuação das OSS vai muito além da prestação de serviços. “É assumir o compromisso de qualificar a saúde pública com responsabilidade técnica, eficiência e foco no paciente”, afirmou, ressaltando a importância da transparência e capacitação das equipes como pilares do modelo.
Um estudo do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) reforça essa visão: hospitais administrados por OSS apresentaram redução média de 54% nas internações em cinco anos e diminuição da rotatividade de leitos, demonstrando mais estabilidade nos atendimentos em comparação a unidades geridas diretamente.
Além da gestão, o Grupo Chavantes tem se destacado pela busca contínua de qualificação institucional. A Santa Casa de Chavantes foi a quinta unidade do estado de São Paulo a obter a acreditação da Organização Nacional de Acreditação (ONA) e a primeira do Brasil a receber o selo internacional da ACSA – Agência de Qualidade Sanitária da Andaluzia, referência mundial em padrões de qualidade hospitalar.
“Acreditamos que é possível fortalecer o SUS por meio de modelos de gestão mais técnicos e organizados, que aproximem o serviço das reais necessidades da população”, finaliza a presidente.