A Prefeitura de Marília deu início a uma nova fase da operação de retirada de veículos abandonados nas ruas da cidade. Desta vez, quase 50 novos pontos foram mapeados. Na primeira etapa, outros 50 proprietários já haviam sido notificados.

Os carros abandonados, além de atrapalharem o trânsito e comprometerem a segurança viária, se tornaram também um problema de saúde pública: muitos servem de criadouros para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

A identificação dos veículos é feita com base em sinais de abandono, como pneus murchos, placas danificadas ou ausentes, lataria deteriorada e permanência prolongada no mesmo local. Após a notificação, os donos têm cinco dias para retirar o automóvel. Caso contrário, o veículo é removido para o pátio do município.

A medida chega em um momento crítico. Marília enfrenta um surto de dengue e lidera os índices da doença na região centro-oeste paulista: já são mais de 16 mil casos confirmados e mais de 30 mortes. A situação é alarmante também em cidades vizinhas:

• Bauru: quase 15 mil casos e 12 mortes

• Ourinhos: mais de 6,3 mil casos e 12 mortes

• Cândido Mota: 10 mortes

• Assis: 9 mortes

• Ibitinga: mais de 4,6 mil casos

No total, a região já contabiliza mais de 94 mil casos e 150 mortes apenas em 2025.

Com a intensificação das ações, a prefeitura espera reduzir focos do mosquito e melhorar a mobilidade urbana, reforçando que o combate à dengue é uma responsabilidade coletiva — e começa também por tirar da rua aquilo que não serve mais.