Bebê é deixado como garantia de dívida com traficantes, caso gera comoção e revolta
Conselho Tutelar e Polícia Civil investigam abandono infantil após bebê de 1 ano e 2 meses ser deixado como forma de pagamento por dívida de R$ 150 com traficantes.
Por MELHOR FM
Publicado em 21/05/2025 11:30
Absurdo

Um caso chocante de abandono infantil está sendo investigado em Sarandi, no norte do Paraná. Um bebê de apenas 1 ano e 2 meses foi deixado pelos próprios pais em uma boca de fumo, como forma de garantir o pagamento de uma dívida de R$ 150 com traficantes de drogas.

O caso veio à tona na sexta-feira (16), quando os tios do bebê procuraram o Conselho Tutelar da cidade após conseguirem resgatar o sobrinho da casa onde estava em posse dos traficantes. Segundo relataram, os pais da criança seriam usuários de drogas e estariam vivendo em situação de rua. Além do bebê, o casal ainda teria outros cinco filhos, com idades entre 6 e 11 anos, todos também em situação de vulnerabilidade.

O conselheiro tutelar Valdir Costa informou que os tios decidiram agir por conta própria diante da gravidade da situação:

“Eles enfrentaram dificuldades para retirar o bebê, mas, após insistência, conseguiram levá-lo sem a permissão direta dos traficantes”, relatou Costa.

O Conselho Tutelar elaborou um termo de responsabilidade provisório para que os tios permaneçam com a guarda temporária da criança. O caso foi encaminhado à Vara da Infância e Juventude, que irá decidir sobre a guarda definitiva.

A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) também instaurou um inquérito. O delegado Adriano Garcia, responsável pelo caso, classificou o episódio como um

“caso absurdo de coisificação do ser humano”.

Segundo ele, os pais da criança poderão ser responsabilizados por abandono de incapaz, e os traficantes envolvidos responderão por sequestro e venda de drogas.

 

As investigações seguem em andamento para identificar os pais formalmente e responsabilizar todos os envolvidos. O caso reacende o alerta sobre os impactos do vício em drogas nas famílias e reforça a importância da atuação de redes de proteção à infância.

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