O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer o implante contraceptivo subdérmico Implanon, de longa duração e alta eficácia, gratuitamente a partir do segundo semestre deste ano. A decisão foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), com expectativa de beneficiar mulheres entre 15 e 49 anos em idade fértil.
Segundo o Ministério da Saúde, o dispositivo já é utilizado em programas específicos voltados a mulheres com HIV/AIDS, privadas de liberdade e profissionais do sexo. Agora, a distribuição será ampliada e sistematizada na rede pública. A meta é disponibilizar 1,8 milhão de implantes até 2026 — sendo 500 mil ainda neste ano — com um investimento de R$ 245 milhões.
O Implanon é um bastão de 4 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro, inserido sob a pele do braço, que libera continuamente o hormônio etonogestrel na corrente sanguínea. Esse hormônio impede a liberação do óvulo e altera o muco cervical, dificultando a entrada dos espermatozoides. O método possui eficácia de até três anos e não exige manutenção durante o período.
A aplicação e retirada do implante deverão ser feitas por profissionais capacitados. A inclusão oficial no SUS será publicada em portaria do Ministério da Saúde, com prazo de até 180 dias para efetivação e capacitação das equipes.
Além do Implanon, o SUS já oferece outros métodos contraceptivos, como preservativos, pílulas anticoncepcionais, DIU de cobre, laqueadura e vasectomia. No entanto, apenas os preservativos previnem infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).