Governo federal conta com cinco ministérios e cinco secretarias especiais, chefiadas por nomes técnicos e políticos
Na última semana, com a recriação do Ministério do Trabalho e Previdência, o número de pastas do governo federal passou a ser de 22. Esse número é bem maior que os 15 ministérios prometidos por Jair Bolsonaro durante a campanha política, mas ainda menor que o efetivo da ex-presidente Dilma Rousseff, por exemplo, que chegou a contar com 39 gabinetes.
Nos assuntos de Economia, o governo hoje se divide em cinco ministérios e cinco secretarias especiais com atribuições bastante definidas. O comando destas pastas está nas mãos de nomes técnicos -muitas vezes conhecidos e apoiados pelo mercado - e de nomes políticos, fruto de uma aproximação de Bolsonaro com o chamado “centrão”, um bloco político que reúne parlamentares de legendas como o PP, PL e PSD.
Quem está à frente dos principais cargos à frente da economia do Brasil
Desde a posse presidencial, Paulo Guedes comanda o Ministério da Economia, que é responsável por coordenar o orçamento federal, definir as tributações, criar a agenda de privatizações, além de conduzir tudo que envolve o comércio exterior brasileiro. Guedes é bacharel, mestre e doutor em Economia e foi fundador de alguns bancos de investimentos nacionais.
Também desde o início do governo, Tarcísio de Freitas chefia o Ministério da Infraestrutura. A área tem a competência de coordenar as políticas nacionais de transportes, que envolve os setores ferroviário, rodoviário, aquaviário, aeroportuário e aeroviário, além de estabelecer diretrizes para o setor portuário. Tarcísio faz parte do chamado núcleo militar, já que é um soldado da reserva do Exército, onde se formou em Engenharia.
Na condução da pasta está Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que deixa a Secretaria-Geral da Presidência da República para liderar o gabinete que tem a responsabilidade de criar políticas para a geração de emprego, fiscalizar o trabalho e definir a política salarial em âmbito nacional.
Onyx é deputado federal licenciado e carrega passagens por outras áreas do governo Bolsonaro, como a Casa Civil e a Cidadania.
Tereza Cristina é engenheira agrônoma por formação e também se licenciou do mandato na Câmara dos Deputados para assumir o cargo federal.
Em seu currículo, Tereza traz experiência no setor privado e público, especialmente por ter sido superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
O Ministério do Desenvolvimento Regional foi criado no início da gestão Bolsonaro, resultado da unificação do Ministério da Integração Nacional e do Ministério das Cidades. A área tem a tarefa de gerenciar a expansão territorial dos municípios brasileiros e unificar as políticas de desenvolvimento regional e urbano local. O economista e ex-deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) está à frente dos trabalhos do MDR. Nas últimas eleições, em 2018, ele concorreu ao cargo em Brasília, mas não conseguiu se reeleger.
Agora autônomo, o Banco Central fazia parte da estrutura do Executivo até o início deste ano, com a responsabilidade por toda a política monetária e pela estabilidade financeira do país, assegurando o controle da inflação, por exemplo.
O atual presidente do órgão é o economista Roberto Campos Neto, que tem experiências como executivo do mercado financeiro. Ele havia sido indicado pelo presidente Bolsonaro e foi reconduzido ao cargo, em abril, para um mandato de mais três anos. Em janeiro, Campos Neto foi eleito o melhor presidente de banco central do ano pela revista britânica The Banker.
Uma das principais pastas com status menor é a Secretaria Especial de Desenvolvimento Social, comandada pelo médico sanitarista Lelo Coimbra (PMSB-ES).
Sob o crivo do Ministério da Cidadania, a estrutura é resultado da fusão dos antigos ministérios do Desenvolvimento Social e do Esporte.
O gabinete coordena as políticas públicas, como os programas de benefícios sociais, e ações de atenção à primeira infância e cuidados e prevenção às drogas. Além de deputado, Lelo já foi vice-governador do Espírito Santo.
Outra secretaria de destaque é a Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, vinculada ao Ministério da Economia, que faz o controle do comércio internacional brasileiro.
Desde maio de 2020, o trabalho é feito pelo economista Roberto Frendt Junior, formado pela Universidade de Chicago, nos EUA, com passagens pelo Banco Central e pelo Conselho Empresarial Brasil-China.
Criada para executar uma das principais promessas do governo, a Secretaria Especial de Desestatização e Desinvestimento é subordinada ao Ministério da Economia e liderada, desde novembro, por Diogo Mac Cord. Engenheiro mecânico, mestre em Administração Pública e doutor em Engenharia, ele tem a tarefa de reduzir a participação do Estado em empresas. Mac também é especialista no setor elétrico e já foi docente na FGV (Fundação Getúlio Vargas).
A Secretaria Especial da Receita Federal também faz parte da estrutura do Ministério da Economia e é responsável por fiscalizar a questão tributária, de modo a prevenir sonegação fiscal, tráfico, contrabando e a pirataria em solo brasileiro. O órgão é liderado, desde 2019, por José Barroso Tostes Neto, administrador, mestre em Fazenda Pública e funcionário de carreira da própria RF.
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